Interface de texto: confira como aplicar um projeto de IHM monocromática
Automação Industrial

Interface de texto: confira como aplicar um projeto de IHM monocromática

A produção industrial requer monitoramento constante para que tudo aconteça conforme o previsto. Para aumentar a eficiência dos sistemas de automação, as empresas recorrem a dispositivos como a interface de texto.

Já ouviu falar nesse equipamento? Continue a leitura para conhecer tudo sobre ele: o que é, quais os principais tipos e qual a sua relação com outras soluções industriais como o CLP.

O que é interface de texto?

Interface de texto é um tipo de interface de usuário usada principalmente em programação de sistemas operacionais. Seu papel é distinguir interfaces baseadas em texto que processam eventos de interfaces de linha de comando que atuam sequencialmente. Assim como as interfaces gráficas, a interface de base textual usa texto, símbolos e cores que podem ocupar a tela inteira.

Também é conhecida como Interface de Usuário baseada em Texto (TUI), Interface de Usuário de Terminal, Linha de Comando, Tela de Comando, entre outras denominações.

As TUIs permitem o uso de aplicativos e a monitoração de sistemas. A navegação desse tipo de interface é feita com a digitação de comandos por meio de um teclado.

Funciona assim: o usuário digita um comando para uma determinada tarefa e, em seguida, envia esse comando apertando a tecla “Enter”. O dado é recebido, analisado e executado por um interpretador.

Para melhor compreensão do conceito, é importante conhecer o significado da palavra interface: trata-se do modo como acontece a comunicação entre dois elementos distintos e que não podem se conectar de forma direta.

Vale ressaltar que, no âmbito industrial, as interfaces geralmente são conhecidas como Interface Homem-Máquina ou apenas IHM.

Quais são os tipos de interface?

Existem três tipos principais de interface:

  • GUI (Graphical User Interface) ou Interface Gráfica – é composta por uma área de trabalho com menus, ícones e janelas. Permite a interação do usuário para diversas tarefas por meio de mouse, teclado e teclas de atalho. É fácil de usar e muito ágil, porém, consome mais memória quando comparada a Interfaces de Linha de Comando;
  • TUI (Text User Interface) ou Interface Textual – apresenta uma área de trabalho semelhante ao tipo anterior, mas não reproduz figuras (exceto os modelos com caracteres ASCII. Ao contrário das GUIs, essas interfaces não dependem de um gerenciador de janelas específico para funcionar e podem ser inicializadas a partir da Linha de Comando.
  • CUI (Command-line User Interface) ou Interface de Linha de Comando – seu funcionamento é baseado na digitação de comandos e é pouco interativa. As ordens são enviadas a um interpretador de comandos (shell). Não costuma utilizar mouse e é mais adotada por usuários avançados para atividades específicas, como gerenciamento remoto.

Qual a diferença entre terminal e interface textual?

A interface textual, como vimos acima, é uma Interface de Usuário de Terminal baseada em texto. Ela se difere das Interfaces de Linha de Comando porque utiliza a área total da tela e nem sempre fornece saída linha por linha. Além disso, é mais leve, rápida e simples do que as Linhas de Comando.

Já o terminal, resumidamente, é uma tela preta em que se digita comandos (apenas texto puro) para direcionar as ações de um computador e para acompanhamento de dados do equipamento. O terminal não usa interface gráfica com pastas ou janelas para executar tarefas.

Para que serve a interface gráfica?

A Interface Gráfica de Usuário (GUI) permite que os usuários interajam com dispositivos eletrônicos através de representações de indicadores visuais.

Esse tipo de interface foi desenvolvido no final da década de 1970 por pesquisadores da Xerox de Palo Alto como uma solução de usabilidade.

Ela melhorou a utilização trazendo recursos amigáveis e intuitivos, como os movimentos de “arrastar” e “soltar” arquivos em um computador. Hoje, muitas GUIs oferecem recursos modernos, como interação por comando de voz.

O que é IHM?

Interface Homem-Máquina é um dispositivo de interação entre um usuário e um sistema de controle. Se apresenta como um equipamento físico individual de instrumentação com botões e luzes indicadoras, como um display touchscreen ou como uma tela gráfica colorida de um computador industrial, que executa um software dedicado.

Qual é a função do IHM?

As IHMs permitem que operadores humanos acompanhem o estado de uma atividade sob controle, façam modificações nas configurações para atender a demandas diferentes e comandem processos manualmente, quando necessário.

O dispositivo ainda possibilita que o operador configure ajustes, algoritmos e parâmetros de controle.

Ele mostra dados sobre status de processos, históricos, análises e outras informações úteis para os usuários autorizados, que podem ser desde funcionários do chão de fábrica até gestores.

Quais são os tipos de IHM?

Existem três tipos de IHM mais utilizados na indústria:

  • Substituta de botoeiras – centraliza as funções de controle e agiliza os processos de produção ao tomar o lugar de painéis enormes repletos de botões e luzes. Essa interface, também conhecida como OIT (Operator Interface Terminal), é fácil de manusear e tem baixo custo;
  • Manipuladora de dados – tipo de interface indicado para aplicações que requerem feedback constante do sistema de produção. Geralmente tem uma tela grande para expor dados como relatórios e gráficos, além de uma memória com alta capacidade e cartões SD. Também denominada Embedded, essa interface pode ser customizada;
  • Supervisora – ideal para aplicações complexas, que envolvam sistemas supervisórios como o SCADA ou o MES. Geralmente, possui Windows e uma série de portas Ethernet. Essa interface é vinculada a bancos de dados para fornecer dados de gerenciamento. Entre seus principais benefícios, estão a sua alta conectividade e flexibilidade, além de possibilitar acesso remoto.

Qual a importância da IHM na automação industrial?

A Interface Homem-Máquina é fundamental para sistemas automatizados pois possibilita que os usuários compreendam e acompanhem o funcionamento das máquinas e possam controlá-las com mais facilidade.

Isso é essencial para empresas que desejam aumentar a produtividade com um gerenciamento ágil utilizando recursos gráficos e textuais de fácil entendimento. Assim, é possível identificar gargalos de produção e pontos de melhoria.

Qual a vantagem da IHM de Texto Monocromática Simples?

Esse tipo de interface é altamente procurado pois permite operações simples e controle de processos e equipamentos por meio de uma interface amigável.

As IHM’s de Texto Monocromática Simples da Kalatec, por exemplo, suportam  o protocolo de comunicação Modbus, que proporciona boa flexibilidade de uso, reduzindo os custos de projetos.

Além dessa vantagem, uma interface monocromática pode ser a solução ideal para aplicações que exigem poucas variáveis e necessitam de interação para escrita e leitura de dados.

Qual a diferença entre CLP e IHM?

Primeiramente, estamos falando de dois equipamentos individuais, porém, existem excelentes opções no mercado de IHMs com CLP já integrado, que ajudam a otimizar projetos utilizando quantidades e opções de entradas e saídas de acordo com a necessidade.

Uma Interface Homem-Máquina permite que o usuário interaja com um software programado dentro de um CLP.

Em uma interface é possível criar botões, telas e gráficos para representar o status do CLP e ter acesso a informações como: quais sensores foram ativados, e muitos outros dados que dão um importante feedback para os funcionários de uma fábrica.

Conclusão

Esperamos ter esclarecido suas principais dúvidas sobre esse assunto. Ao longo do artigo, vimos que a interface de texto auxilia o gerenciamento dos processos industriais por meio de uma atuação clara, intuitiva e eficiente.

Para encontrar a melhor IHM para seu projeto, entre em contato com a Kalatec. Nosso time está pronto para ajudar a selecionar o modelo ideal para o seu caso. Até o próximo post!

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Edilson Cravo

Edilson Cravo

Engenheiro de Aplicação da KALATEC, 23 anos de experiência com mais de 5000 visitas únicas em Indústrias. Especialista em Automação Industrial e apaixonado por Servos Motores, foi treinado nas fábricas EMERSON MOTION CONTROL, YASKAWA, WEG, DELTA, HNC, LEADSHINE e ESTUN. Foi consultor de projetos no Instituto Nuclear Brasileiro, Embraer, Rede Globo, USP (Projeto Inspire) entre outros.

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