As linhas de produção exigem o uso de sistemas automatizados. E o CLP está inserido nessa realidade. É ele que facilita o controle e o monitoramento de processos.
Para conseguir utilizar esse dispositivo, é preciso fazer a sua programação – que pode ser simples ou complexa, dependendo da sua aplicação.
Confira neste artigo um pouco sobre o uso do CLP, suas diferentes linguagens e quais caminhos seguir para, efetivamente, fazer a programação CLP.
CLP é a sigla para Controlador Lógico Programável, uma unidade eletrônica usada para a automação de máquinas e processos industriais.
Semelhante aos computadores tradicionais, este equipamento digital realiza funções específicas a partir de programas realizados. Ele é composto por cartões de entrada e saída, memória, processador, barramento e fonte de alimentação.
Sua memória é programável e capaz de armazenar comandos e executar tarefas determinadas, como operações matemáticas envolvendo os dados coletados, controle de motores de passo e servos motores, entre outras funções.
O controlador recebe informações de sensores e outros dispositivos, faz o processamento dos dados e controla os dispositivos de saída ou atuadores, de acordo com a programação dada.
Faz leituras em tempo real, começa e pausa operações, sinaliza inconformidades e registra informações como a temperatura do processo.
Adequado para uso em campo por conta de sua capacidade de atuar sob condições adversas, como temperatura alta e poeira. O CLP tem proteção contra vibrações, ruídos, impactos e interferências eletromagnéticas.
A programação CLP deve atender aos requisitos da produção, da máquina a que será aplicada. Existem várias formas de programação CLP.
Para quem está começando a aprender essa atividade, aqui vão algumas dicas:
Essas recomendações são válidas para qualquer CLP, independente de marca, modelo, estrutura ou fabricante.
A melhor maneira de fazer programação CLP é encontrando um curso que ensine os conceitos e a composição lógica do dispositivo. Assim, você conseguirá criar seu raciocínio, para realizar a programação de maneira concisa.
A programação do CLP é dividida em cinco linguagens diferentes, que se classificam em duas categorias principais: gráfica e textual.
A linguagem textual possui registros escritos e a gráfica apresenta elementos visuais, na forma de esquemas elétricos ou de blocos.
São cinco linguagens de programação em conformidade com a norma IEC 61131-3, da Comissão Eletrotécnica Internacional:
Esta linguagem textual, também chamada de Instruction List (IL), tem aspecto sequencial. Ela atende diretamente aos comandos do computador e é indicada para aplicações de pequeno porte ou para melhorar partes de um sistema.
Sua estrutura contém um acumulador para armazenar resultados parciais. Neste modelo, cada instrução fica em uma linha e deve ser precedida de um rótulo (etiqueta) e, depois, devem ser inseridos dois pontos (:).
Aceita a inclusão de modificadores, comentários e/ou linhas em branco.
O texto estruturado ou Structured Text (ST) é considerado uma linguagem textual de programação moderna e robusta, sendo utilizado em aplicações de alto nível. Possibilita a administração de dados como duração de tempo, datas e horas.
Consegue trabalhar com diferentes tipos de valores digitais e analógicos. Sua estrutura se apresenta em blocos e contém instruções interacionais (FOR, WHILE e REPEAT) e condicionais (IF-THEN-ELSE e CASE OF).
Este nome é a tradução para Ladder Diagram (LD). Trata-se do tipo mais popular de linguagem de programação gráfica. É similar a uma escada, com barras verticais e paralelas.
Atua utilizando lógica de relés e contatos elétricos, gerando circuitos de comando. Seu funcionamento é simples, sendo o modelo mais indicado para os iniciantes em programação.
Este modelo de linguagem gráfica é muito comum na Europa. Seu nome vem do termo em inglês Function Block Diagram (FBD). Apresenta blocos interligados e é adequado para aplicações com troca de dados entre elementos de controle.
Esta linguagem é flexível e tem blocos elementares de funções, com entradas e saídas conectadas no bloco por meio de linhas. Permite o uso de blocos pré-programados, como contadores, lógicas booleanas e temporizadores.
Além disso, blocos podem ser criados da maneira que o usuário quiser, com a técnica de encapsulamento.
Também conhecido como Sequential Function Chart (SFC) ou Grafcet. Esta linguagem gráfica é indicada para operações sequenciais, descrevendo atividades paralelas e alternativas.
É uma boa opção para ser usado em CLPs de grande porte.
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Você vai conseguir, por exemplo, criar escalas e usar memórias para modificação de valores com o CLP rodando.
Também aprenderá o funcionamento dos softwares que os aparelhos requerem, além de saber utilizar funções como contadores e temporizadores.
Esse curso é direcionado a profissionais da área técnica. A Kalatec também tem disponível um Webinar sobre o assunto.
Esperamos que você tenha compreendido melhor a importância de uma programação CLP adequada. Aprendemos que esse dispositivo é fundamental para a automação, atuando no controle dos processos produtivos.
Como notamos, é preciso analisar cada caso para decidir entre a melhor linguagem para adotar – gráfica ou textual, sendo o tipo mais comum o Diagrama Ladder.
E, para colocar em prática a programação, com segurança, não deixe de realizar um curso especializado que mostre os conceitos e também as funcionalidades do controlador. Afinal, conhecimento nunca é demais.
Até a próxima!