Automação Industrial: Servo Motor x motor de passo, entenda a diferença
Automação Industrial

Automação Industrial: Servo Motor x motor de passo, entenda a diferença

Diferença motor de passo x servo motor

Um bom projeto de automação industrial depende das escolhas corretas em relação aos diferentes equipamentos. É essencial pensar em quais são as necessidades do sistema, como quanto às cargas, ao torque e à velocidade. Ao considerar esses e outros fatores, há duas possibilidades principais: os motores de passo e os servo motores.

Embora ambos tenham o objetivo de colocar a estrutura em movimento, eles apresentam características distintas. Ao conhecer as diferenças entre eles, fica mais fácil saber qual é a opção certa para cada caso.

Para não ter dúvidas quanto a isso, veja qual opção é a indicada para o seu uso na automação industrial!

A velocidade e o torque variam entre os motores

Um dos principais aspectos que diferenciam esses equipamentos tem a ver com o funcionamento. Enquanto o motor de passo tem velocidade e torque intermediários e o torque decai com o aumento da velocidade, o servo motor tem um desempenho ampliado quando a esses níveis, em geral com torque constante até a máxima velocidade nominal. 

Inclusive, essa segunda alternativa é indicada para sistemas em que o carregamento de carga varia com o tempo. Como a entrega de velocidade e torque é mais elevada, conseguem se adaptar melhor a esse tipo de situação. Além disso, o resultado tem a ver com a sua excelente resposta dinâmica.

A flexibilidade quanto à operação de automação industrial conta bastante

Entre essas duas alternativas, também convém entender que o motor de passo é mais recomendado para sistemas flexíveis e compactos,  quanto ao funcionamento em geral é um sistema de malha aberta. Hoje, podemos ter a opção de motores de passo com malha fechada, o qual denominamos step-servos. 

O servo motor, por outro lado, faz uma leitura do encoder em relação à posição de comando. E caso não esteja na posição, em milésimos de segundo o servo motor promove a correção para garantir o posicionamento. Por isso é mais indicado em aplicações que têm cargas dinâmicas, altas acelerações e necessita de uma precisão alta. 

automação industrial

A precisão varia entre as duas possibilidades de motores

Apesar de o servo motor atuar em faixas maiores de aceleração, velocidade e torque, ele oferece um nível ampliado de precisão. Como atua exclusivamente em sistemas fechados, consegue ser “calibrado” para entregar uma posição específica e de maneira contínua.

Nem sempre isso é necessário no processo de automação industrial. Mas em certas etapas, como máquinas flowpack, envasadoras e máquinas de usinagem, é fundamental para criar um fluxo produtivo. Por isso, vale a pena considerar a alternativa quando essa for uma questão determinante para o sucesso.

A diferença de custos pode ser um fator para a decisão

Ao executar um projeto de automação industrial, especialmente em uma pequena ou média empresa, é indispensável avaliar o orçamento. A ideia não é adquirir os produtos mais baratos, mas obter o melhor custo-benefício. Na escolha de motores, esse também é um aspecto com diferenças.

Basicamente, o servo motor é considerado avançado e recente. Por isso, tem um custo maior de uso, instalação e manutenção. Já os motores de passo são mais econômicos. Embora esse não deva ser o motivo final para a decisão, pode ser observado para desempatar possíveis diferenças.

Para a automação industrial ser bem-sucedida, é essencial selecionar corretamente entre o motor de passo e o servo motor. Agora que você já conhece as diferenças entre eles, há mais chances de acertar na decisão.

Independentemente da decisão, é fundamental que o equipamento seja de qualidade. Por isso, veja como escolher um bom fornecedor de automação industrial!

Posts relacionados

Edilson Cravo

Edilson Cravo

Engenheiro de Aplicação da KALATEC, 23 anos de experiência com mais de 5000 visitas únicas em Indústrias. Especialista em Automação Industrial e apaixonado por Servos Motores, foi treinado nas fábricas EMERSON MOTION CONTROL, YASKAWA, WEG, DELTA, HNC, LEADSHINE e ESTUN. Foi consultor de projetos no Instituto Nuclear Brasileiro, Embraer, Rede Globo, USP (Projeto Inspire) entre outros.

Veja também