Agricultura 4.0: confira tudo sobre o tema!
Automação Industrial

Agricultura 4.0: confira tudo sobre o tema!

Você já ouviu o termo agricultura 4.0? A agricultura é uma prática de cultivo de plantas e criação de animais que teve início há milhares de anos, marcando o desenvolvimento da ascensão da civilização sedentária, possibilitando a sobrevivência em locais fixos.

Ao longo do tempo, chegamos a uma agricultura baseada na monocultura em grande escala, gerando muitos empregos ao redor do mundo.

Hoje, ganha cada vez mais espaço a agricultura 4.0, que tem como principal característica o uso de tecnologias em prol do aumento de produtividade. Acompanhe este artigo e saiba mais sobre o tema!

O que é agricultura 4.0?

A agricultura 4.0 se refere ao uso de um conjunto de tecnologias com o objetivo de aprimorar a produção e a gestão agrícola, tornando-as mais autônomas e eficazes, e elevar a sustentabilidade econômica, ambiental e social – bem como a rentabilidade – das atividades no campo.

São utilizados softwares, sistemas e outros equipamentos nas fazendas para coletar, digitalizar, integrar e analisar dados em tempo real, servindo como base para uma tomada de decisões mais inteligente.

O conceito deriva da “Indústria 4.0”, que busca melhorar resultados por meio da modernização dos processos produtivos, contribuindo para a competitividade dos negócios.

Evolução da agricultura

  • Agricultura 1.0 – destinada à subsistência, com aplicação de técnicas agrícolas tradicionais, de baixa produtividade, e com falta de recursos tecnológicos;
  • Agricultura 2.0 – surgiu a partir da década de 1950, quando houve avanço da ciência agrícola e passou-se a usar maquinário, novas sementes e novas práticas de cultivo;
  • Agricultura 3.0 – se refere ao período entre 1990 e 2010, quando a automação chegou às lavouras, assim como a coleta de dados para análise;
  • Agricultura 4.0 – a digitalização chegou ao setor agrícola a partir de 2010, quando começaram a ser utilizados softwares e outras ferramentas tecnológicas para otimizar a produção e torná-la mais sustentável.

Dados sobre a agricultura 4.0 no Brasil: principais tendências

Atualmente, o Brasil é um dos protagonistas da produção e exportação agropecuária no mundo. Instituições de pesquisa como a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) vem desenvolvendo tecnologias para potencializar e fortalecer esse trabalho no campo.

Um exemplo de ferramenta que vem sendo difundida pelo país é o sistema de informações agrometeorológicas Agritempo10, que pode ser acessado até pelo celular e fornece os dados necessários para tentar reduzir os riscos relacionados a perdas agrícolas provenientes de eventos climáticos.

Para aproveitar os benefícios das tecnologias modernas, há que se investir em conectividade por todo o Brasil.

Dados da associação Conectar Agro destacam que, de dezembro de 2021 a maio de 2023, houve aumento do alcance de rede em mais de 500 municípios em 13 Estados, passando de 13 milhões para 29,2 milhões de hectares de cobertura, contribuindo para a disseminação da Internet das Coisas, por exemplo.

Como funciona a agricultura 4.0?

A agricultura 4.0 busca automatizar os serviços no campo e utiliza ferramentas como drones, softwares, sistemas de telemetria, GPS, Internet das Coisas e outras tecnologias para agilizar processos.

drones em plantação, uma das tecnologias da agricultura 4.0

Além disso, é mapeado tudo o que ocorre na fazenda, com levantamento e análise de dados, e identificação de oportunidades de melhoria.

Com isso, as operações são beneficiadas, pois passam a ser orientadas com base em dados completos sobre o clima, o solo, e muito mais. 

Os 4 pilares da agricultura 4.0

Quatro princípios fundamentam as práticas da agricultura 4.0 com a missão de melhorar a produção. São eles:

  • Gestão da fazenda com base em informações primárias e secundárias, coletadas para direcionar a tomada de decisões;
  • Produção em larga escala com a adoção de técnicas modernas e equipamentos tecnológicos;
  • Capacitação de pessoal, para que se adequem ao novo manejo da lavoura;
  • Foco em sustentabilidade, para que as atividades sejam pensadas e planejadas.

Quais são os principais benefícios da agricultura 4.0?

O agronegócio vem investindo em tecnologias para melhorar seus processos e aumentar a produtividade. Estas são as principais vantagens:

Aumento da produtividade agrícola

A agricultura 4.0 traz os recursos necessários para produzir mais gastando menos, pois são realizados estudos e planejamento, desde a fase de escolha do cultivo e preparação do solo, até a precificação do produto final.

Nesse sentido, a automação ganha destaque, pois agiliza consideravelmente atividades que antes demandavam maior esforço e tempo. Com a automatização dos sistemas produtivos, é possível obter dados em tempo real e reduzir erros.

Redução de custos

Com a produção inteligente, são minimizados ou eliminados desperdícios de insumos. Isso reduz, consequentemente, os gastos das operações nas fazendas.

Com os sistemas de dados integrados, dá para detectar problemas iminentes em máquinas, dando a oportunidade de repará-las antes que quebrem – o que também resulta em economia.

Monitoramento eficiente dos processos produtivos

Hoje, há aplicativos que permitem ao produtor rural acompanhar na palma de sua mão, em um smartphone, tudo o que acontece na lavoura. Assim, se surgir alguma praga ou doença, por exemplo, será enviada uma notificação.

Mesmo à distância, são captadas todas as informações de que o gestor precisa para cuidar de tudo e tomar decisões, já que existem diferentes tipos de sensores, câmeras, drones e outros dispositivos que podem ser usados para isso.

Utilização consciente de recursos

As soluções da agricultura 4.0 visam evitar o desperdício em todas as etapas de produção, protegendo o patrimônio financeiro dos agricultores e também o meio ambiente.

Isso se dá pelo uso mais consciente de agrotóxicos e fertilizantes, por exemplo, que passam a ser aplicados apenas na quantidade adequada e evitando a contaminação do solo e dos lençóis freáticos.

Tecnologias usadas na agricultura 4.0

O agro 4.0 abrange uma variedade imensa de tecnologias, que se propõem a alcançar resultados cada vez melhores. Selecionamos algumas:

  • Drones e sensores – cada vez mais comuns no campo, servem para dar uma visão mais completa do campo e auxiliar na identificação de problemas nas plantações, entre outras funções;
  • GPS – Medições de áreas e determinação de coordenadas são algumas das atividades possíveis com o GPS agrícola, que impacta na exatidão de dados;
  • Internet das Coisas (IoT) – permite a interconexão de drones, sensores, computadores e até satélites, visando a geração de dados consistentes para otimizar a gestão das lavouras;
  • Tratores autônomos – máquinas que ajudam a impulsionar resultados, reduzindo falhas e tempo de atividades;
  • Biotecnologia – conjunto de técnicas capazes de desenvolver culturas mais resistentes a pragas e doenças, implementando modificações genéticas nas plantas, quando necessário.

Quais são os desafios da agricultura 4.0?

Apesar de já amplamente implementada em todo o mundo, a agricultura 4.0 ainda encontra alguns desafios. Em muitas fazendas brasileiras, por exemplo, ainda há falta de conectividade – essencial para a coleta e integração de dados de produção.

Para se ter uma ideia, segundo o Ministério da Agricultura e a ConectarAgro, aproximadamente 73% das propriedades agrícolas do país ainda não estão conectadas.

Outro problema ainda enfrentado pelos produtores rurais é a falta de intercambialidade entre equipamentos, ou seja, como ainda não há uma padronização tecnológica, há uma dificuldade para fazer uma integração eficiente.

A falta de profissionalização no campo também é um obstáculo a ser superado, pois o agro 4.0 exige pessoal capacitado para lidar com as tecnologias. De acordo com a pesquisa TIC Domicílios, 44% dos trabalhadores nem sequer acessa a Internet, pois não sabe usar os aparelhos.

Não bastassem esses desafios, ainda há uma ideia a ser desmistificada: muitos gestores acreditam que os investimentos para a implementação da agricultura 4.0 envolvem custos elevadíssimos. Entretanto, existem soluções acessíveis para fazendas de todos os portes, que acarretam em excelente custo-benefício.

Como implementar a agricultura 4.0 na gestão agrícola?

Existem muitas formas de aplicar a agricultura 4.0 em uma propriedade rural, para aproveitar as vantagens que ela oferece. Primeiramente, é necessário mapear as principais necessidades da fazenda e pesquisar por soluções que ajudem a melhorar o rendimento.

Drones podem ser comprados, por exemplo, para monitorar as plantações de forma remota; para checar a necessidade de rega, pode-se investir em sistemas de telemetria; para tratar sementes, pode ser adotada a biotecnologia; e por aí vai.

Além disso, existem várias opções de softwares apropriados para o trabalho rural, que auxiliam os gestores no planejamento e controle da safra.

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Conclusão

As práticas agrícolas evoluíram muito desde o seu surgimento e, hoje, configuram uma verdadeira revolução no campo, reunindo modernização, conectividade e otimizações globais.

Hoje, contamos com um amplo leque de tecnologias para melhorar a produtividade das fazendas e melhorar sua gestão técnica, operacional e financeira, promovendo maior eficiência, sustentabilidade e rentabilidade – fatores básicos para se manter competitivo no setor.

Para alavancar seus resultados, as empresas do agronegócio podem investir em equipamentos acessíveis e vantajosos, como IHMs, CLPs, sensores, entre outros. Conheça as opções da Kalatec Automação – empresa líder no setor e com experiência de mais de três décadas. Clique aqui!

Desejo que este conteúdo lhe tenha sido útil! Um abraço e até a próxima!

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Edilson Cravo

Edilson Cravo

Engenheiro de Aplicação da KALATEC, 23 anos de experiência com mais de 5000 visitas únicas em Indústrias. Especialista em Automação Industrial e apaixonado por Servos Motores, foi treinado nas fábricas EMERSON MOTION CONTROL, YASKAWA, WEG, DELTA, HNC, LEADSHINE e ESTUN. Foi consultor de projetos no Instituto Nuclear Brasileiro, Embraer, Rede Globo, USP (Projeto Inspire) entre outros.

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