Quais critérios devo utilizar para especificar guias lineares?
Automação Industrial

Quais critérios devo utilizar para especificar guias lineares?

A escolha das guias lineares corretas é essencial para o sucesso do sistema de automação industrial. Graças a essas ferramentas, é possível garantir a movimentação da carga dentro do sistema, de acordo com as necessidades de cada conjunto.

Como há muitas alternativas disponíveis no mercado, o ideal é reconhecer como fazer a especificação. Desse modo, você poderá realizar a escolha adequada, segundo as ofertas de cada fornecedor.

Para não ter mais dúvidas sobre o assunto, confira quais critérios utilizar ao especificar as guias lineares.

Considere a capacidade de movimentação de acordo com as exigências

Ainda é muito comum ver engenheiros de automação é especificam componentes acima do necessário. A justificativa seria atingir um fator de segurança, mas, na verdade, isso causa desperdício de dinheiro e subaproveitamento dos recursos. Ao pensar na capacidade suportada pelas guias, as condições do sistema devem ser consideradas.

Avalie o quanto será preciso movimentar, de fato. Desse modo, é possível estabelecer qual modelo é mais indicado para cada situação e como cumprir as exigências específicas. A guia correta é aquela que trabalha abaixo das capacidades de Carga Dinâmica e Estática. É lógico que fator de segurança deve ser considerado para a garantia da vida útil. Converse com um dos nossos especialistas para o cálculo adequado.

Avalie o nível de precisão oferecido pelas guias lineares

Outro aspecto para considerar é a precisão oferecida em relação aos movimentos. A ideia é fazer com que a movimentação possa ser planejada e controlada de maneira específica e eficiente. Quanto maior for o nível de precisão, menores serão os desvios quanto ao posicionamento desejado.

guias lineares

Em algumas aplicações, as tolerâncias decimais, centesimais e milesimais das guias são importantes. No entanto, outras aplicações não precisam de tolerâncias tão precisas, pois as guias estão apenas operando para transporte e não para posicionamentos de precisão.. Portanto, as guias lineares têm que ser selecionadas segundo o que vai ser utilizado no cotidiano. Com esse cuidado, inclusive, há uma facilitação quanto à instalação dos equipamentos de automação.

Pense em quais são as condições de trabalho

Na especificação desses componentes, ainda é conveniente se preocupar com as condições referentes ao ambiente de trabalho. Se a temperatura for elevada, por exemplo, as guias devem suportar o trabalho, assim como em atmosferas oxidantes. Em outras situações o ambiente é contaminado e exigirá  proteções extras juntos aos carros deslizantes das guias lineares. 

Para evitar falhas e garantir o desempenho dentro do esperado, o ideal é levantar todas as condições que fogem do “padrão” e, então, definir quais são as características exigidas das guias. Normalmente, essas mudanças dependem de materiais e ou acessórios específicos  com configurações especiais, o que não pode ser desconsiderado.

Acerte no tamanho dos componentes do sistema

Além de tudo, a especificação de guias lineares passa pela definição das dimensões adequadas para cada caso. Inicialmente, considere questões como a distância até o centro de gravidade e confira a capacidade de momento torsor dos blocos.

Também vale a pena ter em mente a velocidade, a orientação de movimentação, a área e fatores semelhantes. Em alguns casos, é até necessário contar com tamanhos especiais, o que ajuda a determinar o sucesso de uso do conjunto.

Escolher as guias lineares corretas é essencial para conquistar bons resultados com o sistema de automação industrial. Com essas considerações, é possível avaliar as características mais importantes ao tomar uma decisão.

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Edilson Cravo

Edilson Cravo

Engenheiro de Aplicação da KALATEC, 23 anos de experiência com mais de 5000 visitas únicas em Indústrias. Especialista em Automação Industrial e apaixonado por Servos Motores, foi treinado nas fábricas EMERSON MOTION CONTROL, YASKAWA, WEG, DELTA, HNC, LEADSHINE e ESTUN. Foi consultor de projetos no Instituto Nuclear Brasileiro, Embraer, Rede Globo, USP (Projeto Inspire) entre outros.

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