Fusos Retificados: o que é, aplicações, como calcular e escolher
Automação Industrial

Fusos Retificados: o que é, aplicações, como calcular e escolher

Para realizar transmissão linear, alguns componentes são determinantes na indústria. É o caso dos fusos retificados, que oferecem precisão para máquinas-ferramenta e equipamentos de deslocamento.

Por meio de processo de retífica, o fuso de esferas é aperfeiçoado para atender a variadas aplicações, incluindo sistemas complexos.

Quer saber mais? Continue a leitura para conferir todas as informações que você precisa sobre fusos retificados.

 

Como é um fuso retificado?

 

Fuso retificado é um elemento de precisão altamente utilizado em sistemas industriais para promover deslocamentos lineares. Tem como principais características a alta resistência, dureza, capacidade de repetição de ciclos e pouco atrito.

Ele é desenvolvido por meio do processo inverso ao da laminação, assim, o que difere os dois tipos é a forma de fabricação. Apesar de utilizarem o mesmo material, a obtenção de um fuso laminado é mais barata do que a de um retificado, o que impacta seu valor final.

Os fusos, em geral, possuem um desempenho de alta performance na automação industrial. São componentes indicados para atuar com cargas pesadas, alta velocidade de rotação, alta velocidade linear, alta aceleração, entre outros casos.

Normalmente, são confeccionados em rolamento temperado de qualidade apurada e retificados com precisão para que tenham maior durabilidade e capacidade de executar suas funções.

 

O que é um fuso de esferas retificado?

 

O fuso de esferas retificado é um atuador mecânico responsável por converter movimento de rotação em movimento linear. Ele recebe algumas classificações de precisão, geralmente: C07, C05 e C03.

Os tipos C05 e C03 costumam vir acompanhados de um relatório de erro de passo – documento de alto interesse do projetista mecânico, por conter informações relevantes para o correto funcionamento da aplicação.

Outras características:

 

  • os diâmetros disponíveis vão de 8mm a 160mm, com passo de 2,5mm a 100mm;
  • o fuso de esferas apresenta torque de partida e partidas suaves, o que evita trancos nos movimentos;
  • pode ser recuperado até 3 vezes, proporcionando economia de 30 a 70% para a empresa, se comparado a um novo;
  • Seu nível de folga é baixíssimo ou igual a zero;
  • Não requer ajustes e seu retrofit é fácil e rápido.

Como calcular fuso de esferas?

 

Para especificar o produto, é necessário observar a aplicação e coletar os seguintes dados: carga, velocidade, tempo de vida útil, precisão desejada à aplicação e por fim, o comprimento do fuso, ou seja, o curso útil.

Com esses dados em mãos, precisamos verificar o catálogo do produto para interpretar as seguintes especificações básicas: a precisão, o diâmetro nominal do fuso, o passo e o comprimento.

Definido o diâmetro nominal do fuso, o passo e sabendo a precisão, podemos, então, especificar o tipo de castanha: se vai ser um modelo com castanha simples ou dupla. Alguns exemplos de códigos possíveis: SFS, SFU, SFE, DFU e DFS, onde S pode significar simples ou standard, F= flange e D=double.

Uma dica para realizar a especificação é consultar este catálogo de fuso de esferas e analisar as colunas “Carga Estática” e “Carga Dinâmica”.

O conjunto de fuso SFNU1605, por exemplo, tem capacidade dinâmica (Ca) de 1.380 Kgf e capacidade de carga estática (Coa) de 3.052 (Kgf).

Para especificar corretamente o fuso de esferas, é recomendável contar com a ajuda de uma empresa especialista em automação. Isso vai garantir o sucesso da aplicação do produto em projetos de máquinas.

 

Como escolher o fuso?

 

Os fusos de esferas são classificados em vários tipos, como: planetários, recirculantes, invertidos compactos e de porca rotativa. São modelos diversos que atendem às necessidades dos segmentos industriais.

Para selecionar o ideal, é preciso se atentar às características da aplicação, levantando o máximo de informações possível, tais como: a carga aplicada, o comprimento livre entre mancais e a velocidade máxima em rpm. Assim, fica mais fácil fazer a especificação do produto e encontrar o seu diâmetro adequado.

Outra dica é observar as características da atuação do item: a dureza superficial, por exemplo, deve ter valores entre 58 e 62HRc, aumentando a sua durabilidade, sem prejudicar a movimentação.

A castanha que acompanha o produto deve, preferencialmente, ser produzida com aço carbono especial, garantindo resistência e um excelente custo-benefício.

Ressaltamos a importância de adquirir produtos com fornecedores especializados, como a Kalatec Automação, que atendam a padrões de qualidade, atestando o bom funcionamento do fuso.

 

Aplicações do fuso de esferas retificado

 

Os fusos retificados podem ser empregados em uma ampla gama de equipamentos, porém, alguns usos são mais corriqueiros:

  • máquinas CNC;
  • tornos;
  • retíficas;
  • dispositivos de automação;
  • fresadoras;
  • máquinas automáticas de alta velocidade;
  • equipamentos de montagem de semicondutores;
  • robôs cartesianos para injetoras;
  • aparelhos de inspeção óptica;
  • máquinas flexográficas;
  • máquinas de montagem;
  • mesas de coordenadas XYZ;
  • routers; etc.

Conclusão

 

Concluímos que os fusos retificados oferecem vantagens diferenciadas ao consumidor, como alta capacidade de carga e elevada precisão. Isso contribui significativamente para melhorar os resultados de operações industriais que envolvam equipamentos diversos, incluindo os de automação.

A Kalatec tem uma linha completa de fusos de esferas para a sua empresa, contando com um dos maiores estoques do produto no país, atendendo à pronta entrega.

Nossos fusos oferecem o melhor custo-benefício do mercado, com eficiência acima de 95%. Entre em contato com os nossos especialistas que vão te ajudar a especificar o fuso de esferas ideal.

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Edilson Cravo

Edilson Cravo

Engenheiro de Aplicação da KALATEC, 23 anos de experiência com mais de 5000 visitas únicas em Indústrias. Especialista em Automação Industrial e apaixonado por Servos Motores, foi treinado nas fábricas EMERSON MOTION CONTROL, YASKAWA, WEG, DELTA, HNC, LEADSHINE e ESTUN. Foi consultor de projetos no Instituto Nuclear Brasileiro, Embraer, Rede Globo, USP (Projeto Inspire) entre outros.

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