Dar confiabilidade aos processos existentes e analisar profundamente, criando novos processos, se necessário. Essa é apenas uma amostra do que o tradicional método FMEA pode realizar em empresas de diferentes portes e segmentos.
Para gestores que querem garantir mais eficiência e dar largos passos em direção aos resultados esperados pela organização, a metodologia é uma opção atraente.
Vamos entender por quê? Continue a leitura e saiba mais sobre essa ferramenta!
A FMEA é uma metodologia usada para examinar processos e produtos a fim de diagnosticar e prevenir erros e riscos. O termo vem da sigla em inglês Failure Mode and Effect Analysis.
O método é usado como uma ferramenta de gestão que ajuda a promover ajustes, evitando impactos negativos e reduzindo custos operacionais.
Permite uma visão ampliada das falhas contribuindo para a elaboração de medidas corretivas e de melhoria contínua.
Um dos grandes objetivos da sua implantação é eliminar defeitos que não condizem com as diretrizes da empresa, desfavoráveis para a sua imagem e, em certos casos, podem até causar algum dano ao consumidor final.
A FMEA também ajuda a estabelecer uma rotina de checagem com base nos resultados de ações já implementadas.
Pode ser aplicada a serviços, produtos, projetos ou processos existentes ou novos, identificando os possíveis modos de falha – qualquer fator que possa causar erros, defeito ou rejeição.
A FMEA ajuda a compreender os processos industriais detalhadamente. Ela ressalta os riscos em potencial e determina ações para contê-los.
É considerado um documento muito importante, pois acompanha todo o ciclo do processo de produção e, portanto, inclui dados que ajudam detectar os problemas e suas origens – algo valioso para uma boa gestão do negócio.
Medidas de correção também são registradas, possibilitando a criação de um histórico repleto de informações úteis a equipes de diferentes setores da empresa.
O FMEA pode nortear decisões sobre a aquisição de novos equipamentos e a implantação de novos processos. A ferramenta ainda proporciona às empresas a possibilidade de melhorias nos processos atuais.
Existem várias versões de FMEA, como o de Softwares, de Serviços, de Sistemas, etc. Todos eles têm o objetivo comum de avaliar problemas em produtos e em processos. Confira os tipos principais:
A Análise de Modos de Falha e Efeitos de Processos observa processos específicos tentando aprimorar a eficiência da produção. Verifica possíveis erros durante a atividade, encontrando falhas no seu planejamento e andamento.
Como exemplo, digamos que você comprou uma garrafa térmica que não está mantendo o café quente. Ou seja, não está cumprindo a sua função.
Nesse caso, supõe-se que houve uma falha no desenvolvimento do projeto do produto ou durante o seu processo de fabricação.
As hipóteses do que ocorreu podem ser várias, entre elas: faltou monitoramento do processo, o defeito passou despercebido por funcionários e o item foi entregue ao consumidor em situação irregular, configurando uma situação indesejada.
É por motivos como esse que as falhas precisam ser identificadas ainda durante a produção.
Além dos processos de fabricação, o PFMEA também considera as atividades relacionadas ao transporte de dados e as estruturais. Deve ser aplicado a cada processo específico, acompanhando-o do início ao fim.
O DFMEA (Design Failure Mode and Effect Analysis), traduzido como Análise dos Efeitos e Modos de Falha do Projeto é direcionado à checagem do produto em si e seu funcionamento, que pode estar insatisfatório e ocasionar falhas na segurança.
Seu foco está nos componentes e materiais do produto, além da sua estrutura, ligação com outros elementos ou sistemas, etc. Também estuda a sua engenharia, as tolerâncias e intolerâncias.
Também chamado DFMEA de Projeto ou de Produto, sua aplicação ajuda a garantir a vida útil desejada e a aumentar o seu nível de segurança.
Geralmente, as empresas se beneficiam da ferramenta elaborando um documento, seguindo um passo a passo como esse:
Primeiramente, é escolhido um processo ou produto para passar pela análise PFMEA ou DFMEA.
Em seguida, é levantado o máximo de informações sobre o item ou atividade escolhido.
Os funcionários incumbidos de fazer a análise deverão acompanhar cada fase do processo ou cada detalhe do produto, registrando todas as irregularidades que encontrarem e identificando possíveis modos de falha (erros que ainda não aconteceram).
Cada modo de falha listado deve vir acompanhado de anotações sobre quais são suas falhas em potencial e os seus efeitos.
Cada efeito recebe uma classificação indicando o seu nível de Severidade, ou seja, qual a gravidade da falha: onde 0 corresponde a baixa gravidade e 10 se refere a alta gravidade.
Aqui é avaliado o que pode ter causado cada falha, e também é feita uma classificação que se refere à sua frequência de Ocorrência: onde 0 é uma frequência mínima, caracterizando uma chance remota de falha; podendo chegar até o 10 – que significa uma frequência constante, ou seja, várias vezes ao dia.
Após seguir esses passos, será possível classificar as falhas de acordo com seus níveis de Ocorrência, Severidade e Detecção, a fim de calcular o risco.
O nível de Detecção (a facilidade em identificar a falha) também pode ser classificado em uma escala de 0 a 10, sendo 0 igual a uma detecção alta e fácil; e 10 correspondendo a um modo de falha impossível de detectar.
Para finalmente calcular o risco, chamado RPN (Risk Priority Number), deve-se multiplicar os índices de Ocorrência, Severidade e Detecção.
Com o valor de risco em mãos, podem ser tomadas as ações corretivas, seguindo uma ordem de mais urgente para menos urgente.
Procuramos, no conteúdo deste texto, te apresentar informações básicas sobre a Análise de Modos de Falha e seus Efeitos, para você poder ter um conhecimento inicial sobre esse método que auxilia a gestão de diversas empresas.
Vimos que a FMEA pode ser subdividida em PFMEA e DFMEA, para facilitar a análise individual de cada produto e processo.
Também notamos que a documentação pode ajudar a realizar futuras análises com mais qualidade, diminuindo custos para a empresa e aumentando a satisfação dos clientes.
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