Como está o mercado e qual o futuro da automação industrial no Brasil?
É provável que você já tenha ouvido falar muitas vezes que a “automação industrial é o futuro”. Declarações desse tipo estão em todos os jornais, programas de TV ou análises comerciais.
Mas que futuro é esse? Mais importante: o mesmo cenário previsto nos EUA, Europa ou Japão vai acontecer aqui no Brasil? Onde estamos atualmente e qual a real previsão para a automação industrial no nosso país?
Se você quer a resposta para essas e outras perguntas, basta seguir a leitura deste artigo!
Qual a realidade da automação industrial no Brasil hoje?
A realidade industrial do Brasil está, tradicionalmente, alguns passos atrás dos grandes polos industrializados do planeta. Vale alertar para o fato de que, segundo especialistas, o país terá algumas dificuldades para acompanhar a chamada Quarta Revolução Industrial.
Em primeiro lugar, houve um processo de desindustrialização do país. Ou melhor, o índice de participação da indústria de transformação no PIB brasileiro caiu de 27,3% no fim dos anos 80 para 11,3% em 2018. Além disso, apresenta um estoque muito pequeno de robôs industriais.
A automação industrial existente coloca o país somente na 18ª posição no ranking das nações mais automatizadas. E situação agravante é que a quantidade de robôs industriais, que já é reduzida para o porte econômico do Brasil, concentra-se em mais da metade (54%) na indústria automobilística — de modo que há poucas máquinas (ou nenhuma) nos demais setores da economia e indústria.
Qual o futuro para a automação industrial no país?
Dito tudo isso, o que podemos esperar para o futuro da automação industrial no Brasil?
Como é sabido, os grandes polos industriais prevêem 3 ondas de automação nos próximos anos: uma no começo da década de 2020, uma no final e outra em meados de 2030.
O uso da inteligência artificial e da internet das coisas
Essas ondas deverão dar protagonismo ao uso de inteligência artificial na linha de produção em fábricas, assumindo a maior parte do nível de trabalho braçal e, em alguns estágios, até mesmo trabalho intelectual.
No Brasil, estaremos um pouco na rasteira dessa primeira onda. O que se espera é uma maior popularização dos recursos de automação industrial que já vemos em ação hoje em dia.
Ou seja: das pequenas indústrias até grandes fábricas começarão a usar os recursos mais básicos de automação, incluindo monitoramento por Inteligência Artificial, Internet das Coisas e outras ferramentas.
O aumento da competitividade entre as empresas
Isso aumentará a competitividade entre os segmentos industriais no país o que, espera-se, diminuirá o preço dos produtos (mantendo boa margem de lucro). Por sua vez, isso deverá aquecer o setor industrial e fomentar uma parcela de crescimento da sua participação no PIB, além da sua lucratividade.
Os empresários inteligentes usarão essa bonança para fomentar o caminho para alcançar os grandes polos industriais, revertendo os lucros em pesquisa e desenvolvimento para um processo de automação mais avançado.
Assim, é possível que uma boa parte da indústria brasileira busque diminuir a distância para as indústrias internacionais e se portar de maneira mais competitiva no mercado mundial (lucrando mais com isso também).
Por conclusão, podemos dizer que o futuro da automação industrial no Brasil é se tornar regra nas pequenas, médias e grandes indústrias, além de ser o caminho para que as fábricas nacionais possam ganhar destaque no mercado mundial.
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